DIVERSIFICAR É A MELHOR OPÇÃO
A construção de indicadores de desenvolvimento sustentável no Brasil integra-se ao conjunto de esforços internacionais para concretização das ideias e princípios formulados na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, no que diz respeito à relação entre meio ambiente, sociedade, desenvolvimento e informações para a tomada de decisões.
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Nesse estudo,
constatou‑se que está sendo usado, além do bagaço
de cana, resíduo de madeira, licor negro (ou lixívia, rejeito tóxico das
indústrias de papel e celulose), casca de arroz, capim elefante, resíduo sólido
urbano, excrementos de animais, entre outros resíduos”. Dados disponíveis no
Banco de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
mostram existir hoje no Brasil 400, empreendimentos de geração de energia
elétrica por biomassa, responsáveis pela produção de 7.986,9 MW de potência que
representam 6,5 % da matriz energética brasileira. Ana Dolabella acrescenta
que, embora a cana represente quase 80% da energia gerada por biomassa, o
resíduo de madeira vem crescendo de importância e se estima um potencial de
1.300 MW dessa fonte que poderiam ser aproveitados no Brasil.
Para
a bióloga Vânia Soares, que possui mestrado em ecologia, não existe um modelo
de produção de energia que seja 100% limpo e seguro. As pequenas centrais
hidrelétricas (PCH), por exemplo, que produzem até 30 MW, é instalado
principalmente em rios de pequeno e médio porte que possuem desníveis
significativos durante seu percurso, para gerar potência hidráulica suficiente
para movimentar as turbinas.
No conjunto, explica Vania, as PCH geram menor impacto ambiental, mas localmente podem causar fragmentação de rios. Já as termelétricas são uma opção como backup. “Nos períodos de menor oferta pluviométrica, termelétricas que usam biomassa, reaproveitando resíduos, podem ser opções para pequenas comunidades”, acrescenta. Em sintonia com o MME, Ana e Vania defendem a diversificação da matriz energética brasileira, mas sem a ampliação do uso da energia nuclear, devido ao tamanho e à imprevisibilidade dos riscos. Não são as únicas a pensarem dessa forma.
No conjunto, explica Vania, as PCH geram menor impacto ambiental, mas localmente podem causar fragmentação de rios. Já as termelétricas são uma opção como backup. “Nos períodos de menor oferta pluviométrica, termelétricas que usam biomassa, reaproveitando resíduos, podem ser opções para pequenas comunidades”, acrescenta. Em sintonia com o MME, Ana e Vania defendem a diversificação da matriz energética brasileira, mas sem a ampliação do uso da energia nuclear, devido ao tamanho e à imprevisibilidade dos riscos. Não são as únicas a pensarem dessa forma.
Hirose
Takashi, escritor japonês que tem criticado duramente as ações da Tepco em
Fukushima, em seu livro Nuclear power plants for Tokyo questiona: “se os
defensores da ideia [de geração de energia elétrica por usinas nucleares] têm
tanta certeza que as centrais nucleares são seguras, porque não construí‑las
no centro da cidade em vez de a centenas de quilômetros, quando se perde metade
da energia pelos cabos condutores?”.
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